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Colheita de flores
No ocaso da vida
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
saudade
Ah, como dói este silêncio
massacrado de lembranças
Ai, como pesa esta sua ausência
tão presente em minha vida
massacrado de lembranças
Ai, como pesa esta sua ausência
tão presente em minha vida
sexta-feira, 6 de maio de 2011
janela do tempo
Janela do tempo
Na janela dos verdes anos
vejo você passar na transparência
do vidro e com um sorrisso
acenando... acenando
Na janela do tempo
num foco de lentes gastas
vislumbro a sua saudade
sorrindo... sorrindo...
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Borboleta na vidraça
Despertei na manhã deste primeiro dia do ano e fiquei com os pensamentos à deriva. Tivéramos de véspera uma ceia maravilhosa em família e me permiti ficar mais tempo na cama, numa preguiça gostosa. Subitamente, meu olhar foi atraído pelo ruflar das asas de uma colorida borboleta na vidraça. Levantei-me e fui até a porta de vidro da sacada. Fiquei observando a linda borboleta pousada no vidro. Suas asas tinham diversas nuances de azul, com algumas manchas mais escuras. Há um mágico encanto nesses voadores diurnos, que iniciam a vida como lagartas num casulo e depois abandonam as crisálidas para alçar vôos no infinito. Um ato de renascimento, de liberdade. Lembrou-me o poema "Meus oito anos" , do poeta Casimiro de Abreu
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais! ...
--------
... Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Em algumas culturas, as borboletas são o símbolo da alma, espíritos viajantes que prenunciam acontecimentos alegres, visitas, longevidade. Para mim , naquela manhã em especial, significou a verdadeira metamorfose pela qual minha vida passou e a certeza de dias felizes em cada novo amanhecer. (Neuza de Souza)
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais! ...
--------
... Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Em algumas culturas, as borboletas são o símbolo da alma, espíritos viajantes que prenunciam acontecimentos alegres, visitas, longevidade. Para mim , naquela manhã em especial, significou a verdadeira metamorfose pela qual minha vida passou e a certeza de dias felizes em cada novo amanhecer. (Neuza de Souza)
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