terça-feira, 27 de novembro de 2012

Esperança

Quantos acordes
no sopro do vento
Quantas palavras
na boca da noite
acordes que acalenta
nossa noite de amor
palavras que sussurra
a cantiga esquecida

Quantos sonhos
na face da manhã
quantos caminhos
com fé a desdobrar
sonhos em flor que
nem me dava conta
caminhos fartos e
derramados de sol

O que mais quero
além disso?

BORDO

Bordo no tecido carmim
os segredos que se
gastam no silêncio

Bordo veredas e margaridas
entre as dobras do tempo
num final de estação

Quem sabe um dia
eu borde de novo
seu nome em meus leçóis

domingo, 25 de novembro de 2012

DESCOBERTA


Seu amor de descobriu
desnudou
completou

O corpo em chamas delineou
incandesceu
alucinou

O céu em cores transmutou
cintilou
explodiu

E a mulher. . .
se desvendou!

domingo, 18 de novembro de 2012

Bela e Fera

Na tímida entrega
sou bela temendo fera
num jogo amistoso
de amor e calor

Copr que se delineia
em suaves compassos
e em juntos devaneios
cadencia o mesmo passo

Neste jogo de prazer
sou mais fera que bela
um animal carentes
dos desejos mais prementes

Sou bela no valor
deste momento
sou fera no calor
de seus desejos

Na medida ideal
sou bela e sou fera
uma mistura real que
o prórpio desejo gera

Beleza Maior

Trago nos olhos a
sombra velada dos
mistérios do mundo

trago na boca as
palavras não ditas
e o gosto de pecado

Trago no corpo
a marca da vida
e o desejo latente

Trago no sangue
o fogo ardente das
grandes paixões

Trago na alma
a beleza maior
a vida em poesia

Trago acima de tudo
um incontido  desejo
de viver plenamente

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Madrugada

Não conte a ninguém
quer a febre passou
que o galo cantou
fora de hora
na madrugada
Não conte a ninguém
que o jardim adormeceu
que a flor se fechou
altas horas
da madrugada
Não conte a ninguém
que o amor fugiu
que a dor acampou
perto da hora
da madrugada
Ninguém precisa saber
da dança da chuva
sem compostura
perdida nas horas
da madrugada

Prazer

Os olhos não são azuis
mas trazem o azul do céu
retido em seu brilho

A boca cereja não adoça
 as palavras franzinas
de vontade consumida

O Odor do corpo não mascara
o desejo que o olhar lapida
e guarda em segredo

O riso não se esconde
aguça o prazer de
novamente de ver

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ponto

Vou recolher a gamela
vestida de orvalho
na viela sombria
Por um pouco de canela
nas palavras escondidas
que adornam o silêncio
Pregar a tabulete
que anuncia os pecados
no ponteiro das horas
Quem sabe
quando a corda acabar
eu assine o ponto

sábado, 3 de novembro de 2012

Cotidiano


Olho ao redor
Tanta coisa acumulada
O armário tão repleto
A estante entulhada
E nas gavetas então...
Abro uma a uma e vou
 tirando sua carteira  de couro
Sua  velha camiseta preferida
Uma foto amassada
A lembrança dolorida e
 sua saudade camuflada
entre as bagunças do
cotidiano